O fundador do site de partilha de ficheiros Megaupload, Kim Schmitz - mais conhecido por Dotcom - acusa o FBI de ter copiado ilegalmente informação contida nos seus computadores sem uma autorização judicial.
Apesar de a justiça neozelandesa - país onde Schmitz foi detido e onde se mantém à espera da decisão judicial sobre a sua extradição, que deverá ser conhecida em Agosto - ter dado ordem para que as provas se mantivessem no país, o FBI teve acesso a uma série de ficheiros electrónicos, que foram clonados e enviados para os EUA, indica a revista “The Wired”.
Um dos advogados de Dotcom, Willy Akel, acusou o FBI de ter cometido um “acto ilegal”, já que um juiz neozelandês tinha ordenado, três dias antes, que seria necessário levar a cabo uma audiência para decidir se o FBI podia ou não apropriar-se da informação.
O procurador-geral neozelandês, John Pike, indicou entretanto à mesma revista que este tipo de transferência de informações electrónicas não é ilegal. O que é ilegal é a transferência de material físico, o que não seria aqui o caso, uma vez que se tratou apenas da transferência de informação.
Dotcom está em liberdade sob fiança à espera de saber se irá ou não ser extraditado para os EUA, onde é acusado de violação de direitos de autor e de branqueamento de dinheiro. Kim Schmitz foi detido em Janeiro, na Nova Zelândia, na mesma altura em que o FBI encerrou o Megaupload de ter causado prejuízos no valor de milhões de euros para a indústria cultural norte-americana.
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